Manchineri

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Xamãs da Amazônia

Desde os tempos em que os índios ainda eram senhores desta terra, antes do Brasíl, os curandeiros, xamãs e pajés exerciam um papel fundamental na sobrevivência e equilíbrio de seu povo. Conciliando sabedoria e medicina tradicional cuidavam da saúde da comunidade.

Com a chegada dos Europeus, da Igreja Católica e dos missionários protestantes sofreram perseguições que os forçaram a buscar refúgio em outras regiões.

No tempo da Borracha controlaram grandes epidemias, trazidas pelos não-indios para dentro da floresta. Garantindo muitas vezes que seu povo pudesse continuar existindo. Muitos xamãs se recolheram em regiões distantes para continuarem suas práticas de xamanismo, caso contrário eram forçados a abandonar ou converter-se em outra conduta religiosa imposta pelas missões.

Os xamãs são vistos pelos seus grupos como os grandes equilibradores do mundo visível e do mundo invisível, ou seja, o mundo da matéria e o mundo dos espíritos. Sua cosmologia permite que o contato com todos os seres da natureza traga informações e harmonia para a comunidade.

Hoje, o projeto "Escola de Xamãs" do Alto Aiari promove a retomada da medicina tradicional, especiamente entre os mais jovens, mas não somente no sentido do conhecimento de plantas e ervas medicinais, e sim no que diz respeito ao conhecimento metafísico destes grandes homens de conhecimento intuitivo. O objetivo da escola é revitalizar e desenvolver este conhecimento milenar para que não se perca com os poucos xamãs que ainda guardam os mistérios e a sabedoria da floresta.

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